Melhores dos 10s – Dark Souls
O sucessor espiritual de Demon Souls, Dark Souls foi lançado em setembro de 2011 para Xbox 360 e PS3, posteriormente para PC, criado por uma empresa não tão conhecida na época chamada From Software e publicado pela Bandai Namco. O jogo surgiu como um jogo de ação e aventura com elementos de RPG, que apresentava um gameplay fluído e robusto, com diversas variações de armas, magias e armaduras, um mundo rico em conteúdos e atalhos, história complexa apresentada por itens e diálogos de NPCs e um sistema de multiplayer em que se pode invocar e ser invadido por jogadores e NPCs quando o personagem estivesse no estado humano.
O Jogo foi aclamado pela crítica, sendo indicado ao melhor jogo da BAFTA e depois de 10 anos do lançamento recebeu o título de melhor jogo de todos os tempos pela Golden Joystick Awards. Mas o assunto mais comentado pelos jogadores e críticos foi sua dificuldade, que funcionava de maneira punitiva, mas recompensadora, algo que na época não era comum de se ver. Com isso, Dark Souls criou sua reputação de jogadores que queriam superar os desafios e descobrir os mistérios do mundo sombrio, tornando-se um sucesso absoluto.
Dark Souls é uma obra muito bem estruturada, com uma história rica e cheio de personagens icônicos, que é apresentada na cutscene inicial e explica o passado do mundo, o que aconteceu e a maldição da marca negra que infringe os humanos, depois disso, tudo é feito de maneira sutil e indireta, onde todos os itens contêm informações de história. A ambientação e o level design são ricos em detalhes, com diversos tipos de biomas e construções, como por exemplo Anor Londo, cidade dos Deuses que destruíram os dragões, é apresentada como uma cidade grandiosa e admirável, com um sol radiante e com um estilo gótico vislumbrante. Porém, caso o jogador revele a ilusão de Gwyndolin, é possível ver como a cidade estava esquecida, sem um sol iluminando suas construções.
O gameplay é um dos pontos mais fortes do jogo, os jogadores têm controle completo do personagem, podendo se movimentar, rolar, atacar com golpes fracos e fortes, equipar armas com duas mãos, defender, aparar e mais diversos movimentos que deixam o combate dinâmico.
Os cenários possuem diversos inimigos e atalhos, testando a habilidade dos jogadores e incentivando enfrentar poucos de cada vez. Além disso, existe a mecânica de bonfires, em que funciona basicamente como um checkpoint da área, toda vez que o jogador parar em um, os inimigos renascem, seus estus, que funcionam como poções de vida, são recarregados e toda vez que for morto, ele reaparece no último bonfire que descansou.
A morte é um tema recorrente em Dark Souls, os jogadores quando falecem perdem todas as suas almas, que funcionam como a moeda universal do jogo, já que podem comprar itens e subir de nível em bonfires. Contudo é possível recuperá-las, passando pelo local da morte e recolhendo as almas. Caso o jogador morra antes disso, ele perde todas elas.
O sistema de nível permite que o jogador possa selecionar entre estilos diferentes de jogabilidade. Focando em força, destreza, magia e/ou fé, liberando armas, feitiços e milagres com o mínimo de nível para utilizá-los. Desse modo, é possível que o início do jogo seja focado em um estilo, mas conforme o jogador avance os estilos possam ser misturados e testados de forma dinâmica.
Em relação ao desempenho do jogo, o jogo roda a 30 fps, porém existem diversas quedas de frames quando aparecem muitos efeitos ou inimigos no cenário, como sopro de fogo do dragão da ponte. Existe um mapa em especial chamado blighttown que não conseguia manter um framerate estável, variando entre 15 à 20 fps.
O sucesso fez com que a From Software e o diretor do jogo, Hidetaka Miyazaki, fossem reconhecidos mundialmente, surgindo um novo gênero carinhosamente chamado de Souls-like. O jogo, além disso, virou um símbolo de dificuldade, sendo utilizado em reviews de outros jogos como adjetivo, pois na época era muito comum escutar frases como “O novo Dark Souls” ou “O Dark Souls dos jogos do gênero”.
É evidente o impacto que o jogo fez na sétima geração dos consoles, foram lançados diversos jogos com inspirações à Dark Souls, tanto pelo combate fluido e cadenciado, a temática mais depressiva, o sistema de ser punido por morrer ou a função do bonfire. A dificuldade também foi um ponto que começou a ser explorado de maneira melhor por outras empresas, já que Dark Souls revelou um público que se agrada com uma experiência mais desafiadora.
Levando-se em conta o que foi apresentado, caso você ainda não jogou Dark Souls 1, recomendo fortemente que compre a versão remasterizada que foi lançada recentemente e comece sua aventura, pois atualmente ainda é um excelente jogo, que influenciou fortemente o último lançamento da From Software, Elden Ring, que também é um sucesso de críticas.
Jogabilidade: | Qualidade dos controles | 10 |
Design (Level design, imersão) | 10 | |
História: | Enredo | 10 |
Narrativa | 10 | |
Arte: | Gráficos | 9 |
Direção artística | 10 | |
Audio: | Efeitos Sonoros | 10 |
Trilha Sonora | 10 | |
Port | Estabilidade | 8 |
Otimização | 8 | |
Nota Final: | 9.5 |