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Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii é um presente aos fãs da série

A franquia Like a Dragon (anteriormente conhecida como Yakuza) é famosa por suas histórias envolventes, personagens marcantes e mecânicas de combate divertidas. Agora, a saga nos apresenta um novo spin-off, Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii, trazendo um dos personagens mais carismáticos da série como protagonista: Goro Majima. Este título nos leva a um cenário totalmente inesperado e repleto de aventuras, onde piratas e yakuza se misturam em uma trama repleta de ação, humor e momentos emocionantes.

Com uma proposta única e inovadora, Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii traz um novo olhar para a franquia ao inserir elementos de combate naval, exploração e até mesmo mecânicas inéditas de luta. Se você é fã da série, ou está apenas curioso para saber se vale a pena embarcar nessa jornada cheia de reviravoltas, continue lendo!

Eu serei o rei dos… Yakuza?

Em Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii, temos como protagonista o icônico Goro Majima, algo que não acontecia desde o remake Yakuza Kiwami 2, onde ele recebeu uma campanha jogável própria. No entanto – desta vez – a história nos apresenta uma versão completamente diferente do Cão Louco de Shimano: Majima perdeu sua memória e nem sequer se lembra de seu próprio nome.

Apesar da amnésia, sua habilidade de luta continua intacta, assim como a ferocidade característica que brilha no combate. A jogabilidade mantém a essência do personagem, oferecendo ataques rápidos e imprevisíveis. Os fãs da franquia encontrarão um sistema de luta refinado, que mistura elementos do estilo Thug de Yakuza 0 com o icônico Mad Dog, presente em demais títulos da saga.

Uma das grandes novidades no sistema de combate é a mecânica do Madness Gauge, que, ao ser carregado, permite a Majima invocar clones de si mesmo para ajudá-lo nas batalhas. Além disso, o jogo introduz um segundo estilo de luta, o Sea Dog, que foca no uso de armas e técnicas inspiradas em pirataria. Essa variação adiciona profundidade ao gameplay e permite uma abordagem diferente para cada confronto.

Outro detalhe inédito na jogabilidade é o botão de pulo. Pela primeira vez na franquia, os combates permitem a execução de combos aéreos, adicionando uma nova camada de estratégia às lutas. Majima pode até mesmo ficar suspenso no ar enquanto realiza ataques, algo que aumenta o dinamismo e dá um toque único ao título.

O começo de uma saga

A história começa de forma inusitada: Majima aparece trajado como um verdadeiro pirata e narrando seu próprio naufrágio. Ele é resgatado por uma criança chamada Noah e seu tigre de estimação (que Noah insiste em dizer que é apenas um gato) chamado… Goro. O encontro com Noah e seu felino peculiar marca o início da jornada de Majima em busca de sua identidade e de uma forma de escapar da pequena ilha onde se encontra.

A trama se desenrola conforme Majima aprende a sobreviver na ilha, interagindo com seus habitantes e, eventualmente, entrando em conflito com um grupo de piratas locais. Após derrotar o capitão pirata, Majima toma posse do navio inimigo, dando início a sua jornada pelos mares.

Para navegar, no entanto, ele precisa da ajuda de Jason Rich, um ex-caçador de tesouros e pai de Noah. Jason inicialmente é relutante, mas acaba se juntando à tripulação e deixa seu bar nas mãos de sua filha, Moana. Então, juntos, Jason, Noah, a tripulação e os dois Goros  partem para explorar o vasto oceano, enfrentando desafios, perigos e, claro, muito humor característico da franquia.

Like a Dragon: Black Flag?

Embora o tema pirata seja amplamente explorado na cultura pop, ele ainda é relativamente raro no mundo dos videogames. Títulos como Assassin’s Creed IV: Black Flag e Sea of Thieves são algumas das poucas referências de peso nesse gênero. Por isso, Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii se destaca ao trazer uma abordagem diferenciada, misturando ação, humor e elementos de RPG em um universo repleto de possibilidades.

O combate naval é uma das novidades mais marcantes do jogo. Embora possa parecer um pouco estranho no início, ele se torna mais intuitivo com o tempo. Diferente das batalhas tradicionais, que focam em combos e habilidades, as lutas navais exigem gerenciamento de recursos e estratégia. A tripulação desempenha um papel essencial, influenciando o tempo de recarga dos canhões, a eficácia das armas e até mesmo a resistência do navio.

Além das batalhas marítimas, o jogo também apresenta ilhas do tesouro, onde os jogadores podem explorar e enfrentar inimigos em uma espécie de minigame. Essas áreas oferecem recompensas valiosas, como dinheiro, pontos de experiência e melhorias para a tripulação.

Spin-off de presente aos fãs

Desde o início, Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii deixa claro que se trata de um spin-off e não se leva muito a sério. O próprio Majima faz piada com a barreira linguística, falando que é um assunto chato demais e que vai pular essa parte, e a partir daí todos os habitantes do Hawaii falam japonês fluentemente.

Os ataques especiais são exagerados e divertidos, especialmente no estilo de luta Sea Dog, que permite desde arremessar espadas como bumerangues até invocar criaturas mitológicas. Esse tom leve e irreverente é uma das marcas registradas da franquia e um dos maiores atrativos para os fãs.

O jogo também mantém os elementos clássicos da série, como minigames, customização, evolução de personagem e uma trilha sonora envolvente. No entanto, para aqueles que estão conhecendo a franquia por meio deste título, algumas escolhas gráficas podem parecer incomuns. Ainda assim, é importante lembrar que o foco da série Like a Dragon nunca foi o realismo extremo, mas sim a diversão e a originalidade.

PROS:

  • Jogabilidade fluida e divertida, especialmente com o DualSense; 
  •  O retorno de Majima como protagonista; 
  •  Humor e narrativa cativantes; 
  •  Introdução de combate naval e exploração de ilhas; 
  •  Possibilidade de ser um pirata Yakuza!

CONS:

  •  Gráficos podem incomodar em alguns momentos; 
  •  O início da campanha é um pouco linear antes de abrir completamente para exploração;
  • Definitivamente não é um bom ponto de partida para conhecer a saga.

PLATAFORMAS:

  • Playstation 4/5;
  • Xbox Series/One;
  • PC – Steam (Plataforma analisada, chave gentilmente cedida pela SEGA).

NOTAS:

Jogabilidade:Qualidade dos controles10
Design (Dificuldade, Level, Criatividade)10
História:Enredo10
Narrativa10
Arte:Gráficos9
Direção artística10
Audio:Efeitos Sonoros10
Trilha Sonora10
PortEstabilidade10
Otimização10
NOTA FINAL:9.9

Conclusão

Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii é uma excelente adição à franquia, trazendo inovação e diversão sem perder a essência da saga. Com uma história envolvente, combate dinâmico e um toque de loucura característico da série, este spin-off é uma aventura que vale a pena embarcar.

Para os veteranos da franquia esse jogo chegou de mão beijada, oferecendo uma experiência única, repleta de ação, humor e, claro, muitos momentos memoráveis. Então, prepare-se para zarpar e descobrir os segredos dos mares junto com o lendário Goro Majima!

Mas para quem não conhece a franquia, talvez pegar ela de um ponto mais atrás como Yakuza 0 ou Yakuza Kiwami 1 pode ser o ideal.