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My Friend Pedro e a Banana Mágica



My Friend Pedro foi uma obra que surgiu do nada este ano e foi consideravelmente chamativo diante de sua gameplay violenta, por alguns considerado “o Hotline Miami sidescroller”. A movimentação fluída e mecânicas difíceis, inicialmente, são bastante atrativas, mas a repetitividade deste jogo pode incomodar alguns.

A premissa é simples – vendetta. Também tem uma banana, mas é basicamente isso sobre a história, visto que o verdadeiro atrativo é a gameplay. Cada capítulo acrescenta uma experiência divertida, como andar de skate, bullet time, viagem na maionese, atirar rapidamente, entre outros que são de extrema importância e muito bem utilizados.

Como você foca em utilizar o mapa para acertar seus inimigos sem ser acertado primeiro, os desenvolvedores focaram nesta capacidade que não é de se dispensar – mas enfraquece coisas básicas no jogo, como variedade de armas e puzzles pouco desafiadores que parecem ter sido colocados só para cumprir uma lista de requisitos.

Apesar disso, a apresentação dos mapas e interatividade dos mesmos é extremamente louvável. Itens interativos, como panelas ou espelhos que podem ser usados para ricochetear e matar inimigos ou skates que permitem aumento na sua velocidade de movimento, são muito bem explorados.

Nem tudo são rosas. Personagens (ou bananas) são extremamente rasos e superficiais, sendo por vezes irrelevantes ou descartáveis. Uma das lutas finais contra uma “vilã” possui uma IA pouco digna do impacto que esta deveria ter, ainda mais num jogo curto como este (que pode ser concluído entre 3 e 4 horas).

O conceito desse jogo lembra muito o de Katana Zero, mas consegue ser único e juntos, com lançamentos próximos, podem promover interesse em todo um novo conceito de jogos que pode vir a se tornar um novo gênero. Há muito espaço para crescimento e aguardamos ansiosamente o que pode vir futuramente do estúdio.

Prós:

  • Gameplay fluido e mecânica difícil inicialmente;
  • Repleto de ação;
  • Bosses difíceis e mecânica divertida;
  • Cada capítulo acrescenta uma experiência divertida;
  • BANANA MÁGICA;
  • fases com itens interativos (atirar em panelas para o tiro ricochetear e matar os inimigos);
  • Visual das fases é bacana;
  • bullet time é extremamente necessário em algumas fases.

Cons:

  • História óbvia e rasa;
  • Pouca variedade de armas;
  • Puzzle rasos e pouco memoráveis;
  • Gameplay repetitiva;
  • NPCs pouco caracterizados e desenvolvidos;
  • Luta importante no final é totalmente mal desenvolvida;
  • Extremamente curto;
  • Rejogabilidade dispensável.

Nota: 6/10

Junto de Katana Zero, pode estar trazendo um novo gênero 2D, mas ainda há muito o que melhorar.

Engenheiro de Software, Game Dev e Criador de Conteúdo.

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