Vigil The Longest Night – Prévia
Hoje (dia 23 de Setembro de 2020) cai o embargo para prévias do indie Vigil: The Longest Night. Como o propósito de uma prévia serve mais para impressões e vagas informações sobre o título, este texto será mais informal e pessoal do que uma análise.
Vigil se apresenta como um plataforma de ação 2D com foco em narrativa e combate enquanto cita inspirações de Salt and Sanctuary e Castlevania. Aqui no Café nós até o cobrimos como um dos jogos a se ficar de olho, mas quão bem essa descrição realmente se encaixa para Vigil?
Uma das primeiras grandes experiências que eu tive com um videogame foi Castlevania: Symphony of the Night. Não é de se surpreender, não? Um dos títulos mais famosos da indústria, quem joga desde criança com certeza jogou ou pelo menos ouviu falar. E como um jogo com tanto prestígio não é de se surpreender que seja um ponto de referência constante para vários projetos, mas seu carisma é extremamente difícil de se replicar.
Vigil puxa fortes inspirações tanto de Castlevania quanto Dark Souls/BloodBorne enquanto os coloca em um “esqueleto” similar a Salt and Sanctuary, mas apesar dessa mistura toda é um jogo que consegue ter identidade e carisma próprios. O mais impressionante é como ele conseguiu replicar o sentimento de jogar SotN pela primeira vez. A progressão não-linear com sutis dicas para onde ir, segredos que recompensam atenção e outros que simplesmente esbarramos na sorte, e aquela tensão antes de enfrentar o chefe onde sentimos aquele “pensando bem, deixa eu voltar e salvar o que eu fiz antes”.
Combate com certeza é o ponto forte do jogo, usando um sistema de stamina com apenas 4 armas diferentes ele traz variedade com suas builds através de skills e equipamentos. Algumas armas têm golpes com comandos específicos o que traz a diversidade nas armas que encontramos.
Seu aspecto secundário de plataforma/metroidvania também é igualmente satisfatório. Sua progressão tem uma sequência de eventos ditada por narrativa e quests, porém não há restrições rígidas para onde o jogador pode ir, e há oportunidades para ser criativo com habilidades de armas para se chegar em lugares até então inacessíveis. Apesar de não focar tanto em backtracking, as várias quests e equipamentos são incentivos o suficiente para se explorar a mapa várias vezes.
Atualmente estou com mais de 40 horas de jogo e Vigil TLN está facilmente entre os meus favoritos do ano, mesmo com Ori Will of the Wisps sendo um jogo do mesmo gênero e tecnicamente mais impressionante, seu carisma é de longe sua maior força para se sobressair entre seus iguais.
A análise completa estará disponível aqui no Café com Geeks dia 12 de Outubro onde iremos um pouco mais a fundo de seus altos e baixos, mas para fãs do gênero e/ou jogadores que testaram a demo do Steam Game Fest, Vigil entrega o que promete.