Melhores dos 10s: Fate/Grand Order
Fate/Grand Order, o que no início era pra ser algo passageiro, hoje se fideliza como um dos maiores sucessos da Type-Moon. Fate/Grand Order ou FGO é um jogo de smartphone lançado no Japão em Julho de 2015, pela Delight Works (DW), inicialmente o jogo que seria apenas uma jogada de marketing rapidamente se tornou influência para o gênero gacha.
Inicialmente o jogo contava com aproximadamente 60 personagens populares do fateverse, personagens aos quais receberam esse destaque por estarem presentes nas mídias mais recentes da franquia (Fate Zero em 2011/2012, Fate Unlimited Blade Works em 2015 e a novel de Fate/Apocrypha em 2012). De início o jogo contava com dois capítulos do primeiro grande arco da história que é chamado de “Observer on Timeless Temple”.
Porém, no ano de 2017, FGO viria a ser lançado em inglês que hoje é conhecido como “NA server” ou “servidor NA”, o lançamento do servidor norte americano foi praticamente uma cópia do servidor japonês, os mesmos 60 personagens, os mesmos eventos e as mesmas promoções, não demorou muito para a comunidade perceber que o NA seguiria os mesmos passos do JP, essa diferença de 2 anos ficou denominada de “clairvoyance EX” (pois a comunidade teria conhecimento de todos os acontecimentos referentes ao jogo em até 2 anos no futuro).
Observer on Timeless Temple, o primeiro grande arco da história, teve seu fim em Dezembro de 2018 junto do lançamento de seu encerramento “Solomon”, esse primeiro arco foi composto de 8 capítulos, são eles em ordem de lançamento, Fuyuki, Orleans, Septem, Okeanos, London, E Pluribus Unum, Camelot e Babylonia. Na data presente é possível acompanhar parte desse arco em animações, episódios especiais e filmes.
Fate/Grand Order não conta com um modo multiplayer, não tem pvp e nem sistema competitivo por isso não é tão simples trazer balanceamento para os servos disponíveis no jogo, isso perpetuou até o lançamento de Solomon ao qual adicionou o servo Merlin à lista de personagens do jogo. O que era para ser o fim do jogo se tornou um pesadelo para DW, uma vez que por legislação é proibido nerfar (redução em seu poder) personagens obtidos pelo sistema de gacha.
O jogo (JP) estava em seu ápice, a popularidade do jogo nas alturas (2016-2017), porém o jogo iria enfrentar o primeiro período conturbado de sua história, com o lançamento do Merlin, todos os outros personagens pareciam defasados e não importa o que a DW fizesse não conseguiam equilibrar o jogo, deu se início ao período de “meta” no jogo, todos as front lines eram compostas de 2 Merlin e 1 servo ofensivo.
A adição de mecânicas como “proibir servos repetidos”, “barras de HP”, “aumento de status de inimigos” foram implementadas no jogo com intuito de enfraquecer os times de jogadores que agora contavam com um personagem que podia curar, deixar invencível, encher a barra de especial, aumentar o dano, aumentar o crítico e adicionar crítico em todos os personagens da linha de frente. Esse período foi o início do formato que conhecemos hoje no jogo, as missões começaram a ser separadas em “história”, “challenge” e “farm”
Artisticamente o jogo teve uma ótima evolução ao longo de sua vida, as sprites utilizadas no primeiro dia de jogo eram cartunescas e desproporcionais e rapidamente foram substituídas por sprites mais condizentes com a as proporções canônicas dos personagens, e que se tornou sinônimo da qualidade artística do jogo.
Juntamente da melhora visual de sprites, houve também uma melhora nas animações dos ataques especiais dos personagens, o que era simples e sem graça hoje é considerado pelos jogadores como algo incrível e um dos pontos fortes do jogo.
No quesito de áudio, o jogo também não fica pra trás, os efeitos sonoros de armas são exclusivos dos personagens (personagens com armas iguais ou semelhantes não compartilham o mesmo efeito), de tal maneira que cada personagem possui várias falas que são reproduzidas ao ativarem magias e skills isso assegura que o áudio do jogo não se torna repetitivo e enjoativo. Além disso, com o lançamento de um evento, capítulo ou promocional é feito uma abertura para marcar tal momento, o último lançamento marcante foi o capítulo 6 do segundo arco com a música de abertura “Yakudo” cantada por Maaya Sakamoto.
O desempenho do jogo nunca foi um problema para um jogador casual, qualquer smartphone da época era capaz de entregar uma experiência incrível e imersão do mesmo nível, porém a evolução do sistema de combate do jogo (eventos de farm infinito), melhoria das animações e tempos de loading começaram a exigir um aparelho que pudesse entregar uma melhor performance do jogo, o que popularizou o uso de tablets e emuladores para jogar o jogo.
Por fim, caso você seja um fã da série Fate e ainda não experienciou esse universo eu recomendo que assista pelo menos as animações para compreender o quão fora da caixa uma história de Fate pode ser. Atualmente o jogo é muito amigável com novos jogadores entregando bônus, invocações grátis e retro jogabilidade de eventos antigos o que garante a experiência completa da história.
NOTAS:
Jogabilidade: | Qualidade dos controles | 10 |
Design | 10 | |
História: | Enredo | 10 |
Narrativa | 10 | |
Arte: | Gráficos | 10 |
Direção artística | 10 | |
Audio: | Efeitos Sonoros | 10 |
Trilha Sonora | 10 | |
Port | Estabilidade | 8 |
Otimização | 8 | |
NOTA FINAL: | 9.6 |