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Godzilla – um enorme fanservice

Godzilla é um jogo de 2014 desenvolvido pela Natsume e publicado pela Bandai Namco Games, com seu lançamento inicial sendo exclusivo para o Playstation 3 no Japão, porém após um ano o jogo também chegou aos consoles ocidentais, ainda nesse mesmo ano o jogo recebeu uma versão melhorada chamada Godzilla VS para o ps4, versão essa que foi distribuída ao mundo todo por volta do mesmo período. O jogo tem como objetivo comemorar o aniversário de 60 anos da franquia.
O jogo tenta desde de seu primeiro minuto parece tentar emular um filme, começando com um resumo jogável do filme original de 1954. Logo após esse inicio o jogo nos leva ao menu que trás os modos disponíveis:


Deus da Destruição é o modo que serve de campanha principal, é extremamente e propositalmente curto de se terminar. É possível escolher qualquer um dos monstros disponíveis e invadir o Japão, caso escolha um kaiju do “mal”, ou defender o Japão, caso escolha um kaiju aliado da humanidade. A maioria dos monstros começam bloqueados e cabe ao jogador desbloquear. Para desbloquear é necessário enfrentar o monstro em questão uma vez nesse modo.

A ideia aqui é fazer seu kaiju crescer enquanto protege ou destrói a cidade. Jogando com kaijus hostis quanto mais a cidade é destruída maior seu monstro fica. Jogando com kaijus aliados quanto menor o dano causado no estágio mais ele cresce.

Todas as criaturas começam o primeiro estágio com 50 metros, com exceção do Godzilla de 2014, esse começa com 100 metros e só aumenta sua força. Cada um dos cenários do modo possui uns objetivos simples, destruir geradores. Também há objetivos secundários.

Rei dos Kaijus é Clássico modo de hordas! Aqui é só escolher seu kaiju preferido e chutar a bunda dos outros um por um. São 6 no total, é bem rapidinho de fazer e dá pra farmar células dos kaijus facilmente.

Modo VS é o online do jogo. Existem 2 tipos diferentes de batalhas que podem ocorrer: 1 contra 1 ou Battle Royale entre 3 jogadores. É um bem divertido, porém sofre de problemas de lag e queda de quadros. Outro problema é a falta de jogadores, é impossível encontrar partidas 1 vs 1 e o modo de 3 jogadores só tem gente experiente. As batalhas são desbalanceadas, o jogo tem uns kaijus que são objetivamente melhores que outros e os jogadores acabam por ser sempre escolher um desses.

Modo Evolução nada mais é que a árvore de evolução de seus kaijus, é possível evoluir os monstros com elementos que são dados ao jogar os modos deus da destruição ou rei dos kaijus. Isso faz com que ambos modos sejam jogáveis diversas vezes caso tenha interesse em evoluir alguns, ou todos, monstros.


Diorama é um modo para montar dioramas com os cenários e figures que são liberados durante o jogo. São diversas figures, então é um prato cheio. Guia Kaiju, como o nome entrega, é um guia de monstros e armas da franquia e de alguns outros filmes da Toho. Apesar de ser interessante as informações adicionais, não são tão completas quanto poderiam ser.

O combate do jogo é relativamente lento, simulando assim um controle de um monstro gigante que pesa toneladas. Todos as criaturas podem andar, dar ataques fracos e fortes além de investidas. Algumas podem agarrar e jogar o oponente, desde que este seja menor, já outros possuem um ataque único que supre isso. Também há uma habilidade única para cada um dos monstros.

O jogo recria os cenários vistos em filmes da franquia, sendo assim os elementos e volta dele parecem maquetes, tal como era feito nas películas originais. Os kaijus são baseados na linha de figures da S.H. Monsterarts, então todos parecem brinquedos lindisissimos. Graficamente o jogo é pobre, com alguns serrilhados. Todos os efeitos são ruins, sejam explosões, fumaça e água que remete a jogos da sexta geração.


A músicas usadas são as mesmas dos filmes, excelente. Há muita pouca coisa original, porém, é boa e condizente com o clima de filme do personagem título do jogo. O som dos monstros é idêntico aos filmes originais. Já a dublagem é quase nula, e é boa na versão japonesa, já versão e inglês é um pouco preguiçosa, ficando aquém da original.

Os carregamentos tem um tempo de duração normal, algo por volta de 5 segundos. Em geral o jogo roda a 60 quadros por segundo (há opção pra travar o jogo em menos quadros), porém ocorrem quedas em alguns raros momentos. Quando se trata do modo online há quedas constantes de quadros e muito “lag”.

PROS:

  • Recheado de fanservice;
  • Design de som excelente;
  • Modo diorama divertidissimo pra tirar foto;
  • Grinding divertido.

CONS:

  • Gráficos fracos;
  • Jogabilidade um pouco confusa de inicio;
  • Falta de plot interessante;
  • Relativamente curto.

NOTAS:

Jogabilidade:Qualidade dos controles6
Design (Level design, dificuldade, conectividade dos sistemas em geral)6
História:Enredo4
Narrativa4
Arte:Gráficos5
Direção artística7
Audio:Efeitos Sonoros8
Trilha Sonora7
PortEstabilidade7
Otimização7
NOTA FINAL:6.1

Godzilla é quase impossível de ser recomendado a qualquer pessoa não fã do lagartão. Não é um jogo ruim, longe disso, mas fato é que é um jogo fanservice e acaba impressionando somente aqueles que já tem conhecimento daquele universo apresentado.

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