The Cosmic Wheel Sisterhood – Uma bruxa em busca de liberdade
The Cosmic Wheel Sisterhood é uma visual novel que conta a história de Fortuna, uma bruxa exilada de seu convento, que cansada da sua vida solitária eu um asteroide prisão, resolve invocar um ser supremo e proibido para ajudar a conseguir a sua liberdade novamente.
Na introdução do jogo, Abramar – a tal criatura proibida – aceita te ajudar a alcançar a liberdade, mas como nada na vida é de graça, você tem que dar algo em troca por esse pacto no final do tutorial. Durante esse momento Fortuna é guiada a criar sua própria fonte de poder, que serão as suas novas cartas de tarô, a partir de fontes elementais de mana, fogo, ar, água e terra, todas tendo significado dentro do mundo mistico do jogo, se pode montar a carta desejada, sendo interessante resaltar que o jogador escolhe como gastar a mana e o design das cartas, o que pode levar um tempo para ser criada caso goste de soltar a criatividade.
A cada mana ganha no tutorial o pacto entre a personagem e a criatura vai sendo selada, começando ai a parte de escolha do curso da história, a cada dialogo que se tem opção de escolha a história começa a tomar um rumo escolhido pelo jogador, fazendo que você tenha que prestar atenção no que está lendo ou terá grandes chances do final da história não sair do jeito que você queria.
Durante todo esse periodo de conversas entre Fortuna e Abramar um sentimento de amizade é criado, e isso vai tornar tudo mais difícil lá na frente. Ao final do pacto, selando o elemento fogo, uma especie de polícia das bruxas vem te visitar para ajudar com o seu caso, fazendo perguntas que vão alterar o seu destino, começando a criar um apego a personagem principal do jogo e sua questão, te dando até uma sede de justiça.
Em vários momentos do jogo acontece flashbacks para o que foi a vida anterior de Fortuna como uma mortal que desde aquele tempo ela já tinha predisposição a magia com a sua leitura das cartas de tarô. Voltando ao momento atual da história após a visita da polícia mágica faz com que a sua pena seja aliviada e possa receber visitas, vindo várias amigas te visitar e consequentemente receber um norte das novas cartas de seu deck magico. Quanto mais cartas criadas pelo jogador maior serão as possibilidades de leitura e resposta aos questionamentos propostos as cartas, destaca-se então que se tendo mana pra criar carta é melhor criar.
O jogador então vai receber a carta e escolher em qual pergunta encaixar e depois dentro das interpretações dadas escolher qual se encaixa mais na situação, ou não, já que esse momento de escolha é totalmente livre ao jogador, e cada escolha te trás um tipo diferente de combinaçao de manas, para poder criar mais cartas no futuro. Tendo a mecânica de gasto de mana para criar cartas e ganho de mana ao ler as cartas.
Esses momentos de leitura e criação de cartas é importante prestar bastante atenção já que isso muda o destino de quem está recebendo a leitura e consequentemente do fluxo da história, o que faz que nós da lingua portuguesa sofressemos mais já que o jogo não se encontra traduzido, dando o sentimento de perda em alguns momentos por não conhecer certas palavras por serem especificas do vocabulario bruxo.
Após diversas visitas e leituras, em que o jogador já criou uma opinião sobre os acontecimentos acontece a grande reviravolta da visita da sua arqueinimiga, a responsável pelo seu exilio que, agora morta, vem te mostrar que talvez Fortuna não seja tão inocente assim. Já que ela não apenas lê o destino mas sim o escreve conforme a sua interpretação, o que muda todo o sentindo da história, sendo responsável por acontecimentos bons e ruins ao longo de sua vida tanto mortal quanto a de bruxa.
Com a morte da inimiga agora se começa uma espécie de corrida presidencial para escolher a próxima lider do coven o que pode trazer finalmente a sua liberdade. Nesse momento aparenta ser possivel escolher se Fortuna vai ou não entrar nessa competição, o que vai trazer mais liberdade em relação a história, mas em troca dessa liberdade se tem uma parte do jogo que se arrasta por mais tempo do que o necessário, tornando a história cansativa, dando vontadade de apertar A varias vezes sem nem ler o que está acontecendo.
Caminhando para o final da história, se seguiu pelo caminho de concorrer as eleiçoes Fortuna provavelmente vai ganhar e receber a sua liberdade, mas chegará a hora de cumprir com o pacto com Abramar, que vai ser diferente de acordo com a sua escolha de pacto no inicio do jogo.
O jogo em sí apresentou um crash ao final do jogo e alguns problemas de sincronização de comandos na hora de criar cartas e mostrar a suas manas, mas fora isso corre mecanicamente tudo bem. A música de fundo combina com os momentos da história mas não há muita diferença entre elas.
Ao jogar The Cosmic Wheel Sisterhood se terá horas interessantes de envolvimento com história mas momentos pontuais de cansaço, que se talvez tivesse em português seria mais fluido. A possibilidade de escolher o destino das personagens e ter consequencias por isso torna o jogo mais interessante e divertido.
PROS:
- O jogador tem um real impacto na história;
- Bom desenvolvimento de personagens;
- Interessante sistema de criação de cartas.
CONS:
- Os trechos finais começam a ficar cansativos;
- Não disponível em PT-BR.
PLATAFORMAS:
- PC – GOG, Steam (Plataforma analisada, chave gentilmente cedida por Devolver);
- Nintendo Switch.
Jogabilidade: | Qualidade dos controles | 9 |
Design | 8 | |
História: | Enredo | 9 |
Narrativa | 9 | |
Arte: | Gráficos | 9 |
Direção artística | 9 | |
Audio: | Efeitos Sonoros | 8 |
Trilha Sonora | 7 | |
Port | Estabilidade | 8 |
Otimização | 8 | |
NOTA FINAL: | 8.4 |