Like a Dragon Gaiden (Yakuza): O homem que apagou seu nome e mais um pouco

Ambientado nos cantos vibrantes, porém sombrios, de Sotenbori e nas movimentadas ruas de Yokohama, Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name surge como um capítulo crucial na saga Yakuza. Este episódio, rico em narrativa, se desenrola três anos após Yakuza 6, mergulhando fundo na vida clandestina de Kazuma Kiryu, agora conhecido como Joryu.

Visuais que Cativam

A SEGA elevou o padrão de fidelidade gráfica. O Dragon Engine, mais uma vez, prova sua eficácia, exibindo os melhores visuais da franquia até o momento. A combinação perfeita de estilo cinematográfico e detalhes ambientais imerge os jogadores em um mundo que se sente mais real e vivo do que nunca, com aprimoramentos gráficos que enriquecem cada luta de rua e momento delicado da história.

Um Sistema de Combate Aperfeiçoado

A mecânica de combate foi aprimorada até a quase perfeição, oferecendo uma fluidez que permite a Kiryu deslizar pelos inimigos com uma graça sem precedentes. A introdução do estilo Agente e da estratégica utilização de gadgets injeta uma nova dinâmica nas brigas, empoderando os jogadores com um conjunto de opções de controle de multidões e mobilidade, que se destacam como um testemunho da evolução contínua da série.

Abraçando a Imperfeição

Em uma reviravolta familiar aos fãs da série, o polimento do jogo não apaga completamente seu ‘charme de bugs’. Pequenas falhas pontuam o espaço entre a excelência do gameplay e a imersão das cutscenes – uma marca registrada da série que, embora não seja um problema grave, nos lembra de sua jornada ao longo dos anos.

O Canto do Cisne de Kiryu

Há uma emotividade subjacente a este capítulo, já que ele parece muito bem ser a última jornada de Kiryu. A trama oferece uma densidade narrativa que é melhor apreciada tendo como pano de fundo seus predecessores. Os veteranos da jornada do Yakuza 1 ao 6 e Like a Dragon verão sua dedicação recompensada com uma saga que cresceu junto com seus jogadores, proporcionando o que provavelmente é a experiência mais moderna e definitiva de Yakuza até hoje.

Engajamento Além do Combate

Além da narrativa principal, o jogo oferece uma infinidade de atividades e mini-jogos. Karaokê e clubes de cabaré retornam com conteúdo de ação ao vivo encantador, com contribuições notáveis como a de KSON, realçando o realismo e o charme. A Rede da Akame surge como uma nova funcionalidade inovadora, tornando-se um jogo dentro do jogo que acompanha o progresso, entrelaça sub-histórias e recompensa a interação.

A introdução da área The Castle, um ponto central de narrativa e engajamento, ostenta seu próprio ecossistema de mini-jogos, o Coliseu e uma Boutique exclusiva. Isso não só serve como um novo local para os jogadores, mas também como uma homenagem ao legado de diversidade de conteúdo da série. Os jogadores também podem se deliciar com a exótica variedade de opções de vestuário para Kiryu, proporcionando um nível de personalização que estende a personalização da experiência.

Longevidade do Gameplay

Com uma campanha expansiva oferecendo de 15 a 40 horas de jogo e um Modo de Aventura Premium que permite a continuação da exploração e conclusão de conteúdo paralelo, o jogo garante um longo envolvimento com o mundo de Kiryu. O bônus adicional de uma versão de teste especial de Like a Dragon: Infinite Wealth após a história principal é um gesto generoso, estendendo o valor do jogo.

Um aspecto importante a considerar é sua origem, inicialmente planejado como conteúdo de DLC. Esse contexto influencia o ritmo do jogo, particularmente notável na frequência com que o progresso da história é bloqueado por elementos secundários, como a Rede Akane e o Coliseu. Para os jogadores focados principalmente no aspecto narrativo, isso pode ser um ponto de frustração, pois exige envolvimento em conteúdos adicionais para avançar a história principal.

Um Capítulo Essencial

Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name é mais do que um mero prelúdio para Infinite Wealth; é uma pedra angular que se sustenta no arco narrativo de Yakuza. O Ryu Ga Gotoku Studio criou um título que honra o legado de Kiryu, ao mesmo tempo que oferece uma ponte para o futuro, consolidando seu status como uma jogada essencial para fãs e novatos.

Esta cópia de análise para PlayStation 5 revelou um jogo que emociona com sua narrativa, impressiona com seu gameplay refinado, e deslumbra com sua apresentação visual e sonora. Ele se destaca como um testemunho do passado histórico da franquia e seu potencial ilimitado para o futuro.

PROS:

• Gráficos excepcionais;
• Combate fluido e inovador;
• Profundidade emocional de Kiryu;
• Variedade de atividades e mini-jogos;
• Personalização aprofundada de Kiryu;
• Longevidade e modo pós-história;
• Essencial para a franquia.

CONS:

• Bloqueio do progresso da história por conteúdos secundários, podendo frustrar quem busca focar apenas na narrativa;
• Pequenos bugs.

PLATAFORMAS:

• Playstation 4 e 5 (Plataforma analisada, chave gentilmente concedida por SEGA);
• Xbox (incluso no GamePass);
• PC.

NOTAS:

Jogabilidade:	Qualidade dos controles	9
	Design (Dificuldade, Level, Criatividade)	9
História:	Enredo	10
	Narrativa	8
Arte:	Gráficos	10
	Direção artística	10
Audio:	Efeitos Sonoros	10
	Trilha Sonora	9
Port	Estabilidade	7
	Otimização	10
NOTA FINAL:		92

Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name não é apenas um jogo; é uma homenagem a um dos personagens mais amados dos videogames. À medida que o capítulo de Kiryu se fecha, a tocha é passada, iluminando o caminho para o que vem a seguir em Janeiro. Este jogo é imperdível, um acréscimo adequado ao universo Yakuza que ressoará com os jogadores muito tempo depois de os créditos terminarem.