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Risk of Rain Returns – Remaster mais-que-perfeito

Chegando quase como uma homenagem aos 10 anos do seu primeiro jogo, Risk of Rain Returns mais uma vez mostra porque é um título exemplar do gênero roguelike.

Pegando a essência do primeiro jogo e todas as melhorias implementadas no segundo, Risk of Rain Returns parece inicialmente um remaster do primeiro, mas vai muito além de um simples update gráfico.

Risk of Rain - Menu
O time completo de sobreviventes trás todos os clássicos e alguns novos membros. Artificier é a única que retorna exclusiva do segundo jogo.

Sobreviventes novos, habilidades únicas e divertidas e uma direção de arte impecável são traços marcantes desse novo jogo. As fases, em nome, são as mesmas que o primeiro, mas estão bem diferentes, com novos locais secretos e formas de se locomover por elas.

A nova AI e os novos inimigos trazem desafios e surpresas até para os mais veteranos da sga. Risk of Rain Returns pega todas as melhorias do segundo jogo, somam ao visual e gameplat do primeiro e refinam seus detalhes para ser uma experiência incrível, porém, não muito inédita. O ar nostálgico para quem jogou o primeiro é excelente, mas também é um ótimo jogo para quem nunca viu nada da saga.

E para quem conhece esses jogos, não poderíamos deixar de falar da trilha sonora. Chris Christodoulou volta novamente para marcar cada fase com uma versão remixada da original. Novas fazes e desafios têm incríveis músicas novas.

A Lore em Risk of Rain Returns

Foi-se o tempo em que narrativa e história não é algo mais presente no gênero Roguelike. Hades está aí para provar que jogos do gênero podem ser feitos com uma incrível história e ótimos personagens, sem sacrificar em nada no jogo.

Certamente é algo mais opcional o quão profundo será a história e ambientação, mas deixar intencionalmente vago somente deixa a história do jogo somente frustrante.

O problema não é nem “a maior parte”, mas sim toda a lore do jogo se concentra na animação de abertura, nos logs de itens, monstros, sobreviventes e locais, e no fim de uma run, antes dos créditos. Nada da história é consumida enquanto você joga.

O estúdio Hopoo Games já provou que consegue fazer uma narrativa interessante, mesmo que simples, lá em 2016 quando fizeram Deadbolt. Ter trago um pouco da experiência que tiveram com Deadbolt para Risk of Rain Returns seria bem interessante.

O jogo também te deixa no escuro sobre como muitos itens funcionam, algo crucial na maioria dos jogos, principalmente roguelikes.

PROS:

  • Para quem gosta do primeiro jogo, só há melhorias;
  • Trilha sonora impecável que inclusive terá versão em vinil;
  • Roguelike excelente para jogar sempre que quiser

CONS:

  • Online ainda levemente instável;
  • Muitos itens não são exatamente claros no que fazem e em suas descrições;
  • Não há nenhuma explicação de como pegar artefatos;
  • Alguns bugs eventuais podem até interferir numa run.

PLATAFORMAS:

  • PC – Steam (Plataforma analisada);
  • Nintendo Switch.

NOTAS:

Jogabilidade:Qualidade dos controles100
Design (Dificuldade, Level, Criatividade)80
História:Enredo35
Narrativa40
Arte:Gráficos90
Direção artística100
Audio:Efeitos Sonoros80
Trilha Sonora100
PortEstabilidade100
Otimização100
NOTA FINAL:85
Jogado na versão da Steam

Risk of Rain Returns traz de volta muito da era de ouro dos Roguelikes, e é um excelente jogo para jogar sozinho ou com até quatro amigos. Como fã do original e do segundo, sinto que o gênero deu uma boa evoluída nesses dez anos, e a saga não parece ter interesse em acompanhar essa evolução.