O que é Death Stranding?
Porém, com mais exposição, as peças finalmente começaram a se encaixar e nesse exato momento – faltando pouco mais de dois meses para o lançamento do game – já temos informações suficientes para saber o que esperar quando o jogo finalmente estiver em nossas mãos.
O objetivo central de Death Stranding é reconectar as cidades e as pessoas dos Estados Unidos após uma série de explosões que abalaram o planeta. O protagonista é Sam Bridges (Norman Reedus), que é um simples entregador da instituição chamada Bridges, que tem a tarefa de entregar e reconectar partes desse mundo desconexo.
Sam foi convencido por Amelie (Lindsay Wagner) a se juntar à causa. Amelie é a atual presidente da UCA (United Cities of America) e foi responsável por convencer vários locais isolados a se juntarem à Rede Quiral vários anos atrás e alertar sobre a vinda dos BTs. Essa rede é usada como forma de facilitar a comunicação entre esses locais.
O conceito do gameplay em Death Stranding é simples de se resumir, porém bem complexo em sua totalidade. Basicamente, seu objetivo é viajar por vários locais fazendo entregas a personagens específicos, mas a tarefa não é assim tão fácil. O game usa elementos de sobrevivência com grande foco em exploração e travessia. Sam tem necessidades fisiológicas como hidratação, alimentação e tem até mesmo que urinar quando necessário. Esses elementos todos serão influenciados não só pelo seu gerenciamento como também pelo tipo de terreno e clima da região.
O peso da sua carga também irá influenciar no gameplay. Suas botas e equipamentos têm durabilidade que podem te afetar no decorrer do percurso e aí entram os desafios de travessia. Há momentos que chegar a um ponto específico não será tão fácil devido a obstáculos e o tipo de carga que você carrega. Assim, será necessário usar ferramentas como escadas e cordas para deixar essa tarefa mais rápida e fácil. Fora isso, veículos também podem ser usados para o auxílio nessas travessias (até o momento apenas motocicletas foram mostradas em sua posse).
Apesar de todos esses elementos de travessia, o game ainda tem muito mais a oferecer.Você será caçado por terroristas e criaturas de outra dimensão chamadas BTs, além de ter que se preocupar com uma chuva mortal chamada “Timefall” que acelera o tempo de toda forma de vida biológica e por isso, quando a chuva se aproximar, será necessário procurar abrigo, usar uma roupa especial ou ingerir uma forma de vida chamada Cryptobiote, apresentado pela Fragile (Léa Seydoux), personagem que é filiada a uma empresa de entregas chamada Fragile Express e terá um grande foco na história.
Sam poderá lidar com os inimigos de várias formas. Kojima já deixou bem claro que o combate não é o foco do game, mas apenas mais uma opção para o jogador. Você terá armas e ataques corpo a corpo, porém o Kojima alertou que matar irá causar consequências no mundo e à sua experiência. É mais recomendado usar o stealth ou simplesmente fugir. Mas sim, você poderá terminar o jogo matando todos os inimigos que conseguir.
Até o momento foram revelados dois tipos de inimigos: os terroristas que te rastreiam pelo mundo e têm como objetivo roubar sua carga; e os BTs, criaturas do mundo dos mortos que são invisíveis a olho nu. Para conseguir enxergá-los, os BBs são necessários, bebês estes que estão na mesma dimensão que os BTs, assim dando a capacidade de vê-los a seu portador.
Os bebês também são mais um elemento de gerenciamento no gameplay, tendo que manter os níveis de estresse baixos não sofrendo dano e evitando situações de risco. Para acalmá-los você terá que manualmente balançar seu Dualshock 4 ou levá-lo a sua base onde uma câmara imita o útero de uma mãe. Com o tempo sua conexão com o BB irá aumentar, abrindo novas funções e benefícios.
Talvez a maior diferença de Death Stranding com outros games seja o jeito que ele lida com a morte. O game nunca terá uma tela de game over. Ao morrer, Sam será transportado para o mundo dos mortos, uma espécie de purgatório. Baseado no que foi mostrado, esse local tem sempre uma aparência que retrata guerras passadas, cenários com semelhanças à Guerra do Vietnã e à Primeira Guerra Mundial, com soldados esqueletos e tudo conectado por cordas negras. Seu objetivo nesse local é escapar, assim voltando à sua realidade e recuperando suas cargas que permanecem no local da morte. Você poderá abrir caminho à força ou sem ser detectado. Nesse local vive o principal antagonista do game, Cliff (Mads Mikkelsen). Seus objetivos só iremos descobrir no decorrer do game, porém ele mantém uma conexão com Higgs (Troy Baker), também conhecido por “Golden Mask”, outro antagonista do game que, diferentemente de Cliff, vive na mesma realidade de Sam e é filiado a um grupo que se autodenomina Homo Demens, formado por terroristas que se opõem à UCA (que tem relação direta a Bridges). Seus objetivos ainda não são claros, mas serão os responsáveis por lhe caçar durante o game, com o objetivo de tomar as encomendas.
O game também contará com vários personagens de suporte, com suas próprias histórias e missões, algumas sem ligação com a trama principal. Eles estão espalhados pelo vasto mundo aberto e cabe a você encontrá-los ou não. Dentre os que fazem parte da trama central está Mama (Margaret Qualley). Assim como o Sam, ela também trabalha para a Bridges e é especializada em comunicações com os BTs e não pode sair da instalação onde se encontra, pois seu bebê nasceu no mundo dos mortos, porém ela ainda está conectada a ele pelo cordão umbilical que a impede de deixar o local. Heartman é outro personagem com uma história trágica, ele tem apenas 21 minutos de vida, após isso ele morre e fica 3 minutos buscando por sua família no mundo dos mortos até ser ressuscitado novamente por um desfibrilador e repetir o ciclo. Cada personagem terá tanto missões principais como secundárias que irão aumentar sua conexão com eles, assim os ajudando com seus problemas e recebendo benefícios em troca.
O grande tema de Death Stranding são conexões, tudo no game orbita esse tema e é a partir desse conceito que o Kojima diz estar criando um novo gênero de games que ele chama de “Strand Game”. Por tudo mostrado, o game certamente demonstra elementos nunca antes vistos, porém somente jogando para ver a culminação de tudo e se realmente será algo tão novo que poderá ser categorizado como um novo gênero. O conceito resumido do gameplay é simples, viajar pelo mundo aberto fazendo entregas enquanto lida com elementos de sobrevivência, inimigos humanos e sobrenaturais, agora o que fará ele se destacar será na complexidade desses micro-gerenciamentos e como o mundo será afetado tanto por suas ações quanto pelo caminho que a história irá nos levar e também como o elemento online se encaixa nisso tudo. O que sabemos sobre isso até o momento é que suas ações no game irão afetar o mundo de outras pessoas. Um exemplo disso é que se você urinar em um local, irá nascer um cogumelo que será visível no mundo de outras pessoas e se elas fizerem o mesmo, ele irá crescer cada vez mais e essa ideia irá se aplicar a coisas muito maiores no game e em conceitos mais complexos que podem ter um grande impacto na experiência.
Todas essas idéias mostram como o game está tentando ser distinto de tudo, trazendo novos conceitos, novas mecânicas e até mesmo novas execuções para ideias já existentes. É como o próprio Kojima disse no início do desenvolvimento do game: “A vara ajudava o homem a afastar ameaças. Do outro lado, a corda nos ajudava a prender coisas importantes a nós. Na maioria dos jogos, você luta com a vara. Isso também vale para redes sociais.”
Kojima deixou claro que em Death Stranding você poderá usar a vara, mas diferente de outros games a corda será um elemento muito importante e na maioria das vezes o mais recomendado, esse elemento da corda é exatamente a proposta de conexões que o game apresenta. Só nos resta saber se todas essas promessas e ideias serão cumpridas e principalmente se o game irá fazer uma conexão com o público.
Death Stranding chega exclusivamente ao PlayStation 4 em 8 de Novembro.