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Recomendação de Quarentena: The Revenant Prince é um RPG retrospectivo com muito a oferecer

The Revenant Prince foi anunciado há algum tempo como uma tentativa de trazer o estilo de RPGs antigos com modernidade em novas mecânicas que são um sopro refrescante de vento de começo de primavera. O título chegou e recebemos o mesmo para análise.

Revenant Prince começa com um grande dilema moral. Personagens carismáticos são apresentados, e uma escolha de peso é jogada na mão do jogador em suas primeiras interações. Essa escolha será frequentemente discutida ao longo do jogo, entre velhos e novos personagens, todos únicos e memoráveis. Esta diferenciação entre personagens traz inspirações de Undertale, mas definitivamente são bem trabalhados para serem únicos em seu próprio estilo.

A história é extremamente intrigante e traz frequentemente plot twists que mudam a direção da história. O mundo é rico e sua exploração é extremamente incentivada. A mesma possui side quests de pequeno e médio porte que podem sim extender a duração do mesmo e até auxiliar em missões mais difíceis ao longo do jogo. É essencial aqui que se segure o máximo de spoilers possível, mas é de se afirmar que o jogo cativa e motiva o jogador a seguir adiante e sim, jogar múltiplas vezes.

A jogabilidade de exploração é tão tradicional quanto puder ser. O jogo aparenta ser desenvolvido em RPG Maker com múltiplas alterações para o torná-lo único, o que é louvável, mas ainda encontra limitações do motor que prejudicam tanto o jogador a explorar quanto gerenciar seu jogo salvo (não há salvamento automático, o que custou nosso precioso tempo rejogando partes do jogo).

O combate é facilmente uma das melhores partes do jogo. A jogabilidade é feita em batalha de tempo real, onde o jogador possui três armas, cada uma com seus tipos de ataques e defesas, e uma barra de carregamento para cada. Essa barra é o custo que o jogador terá para tomar suas decisões de ataque que serão mais que essenciais para determinar sua vitória – que pode ser determinada por “poupar” seu inimigo ou derrotá-lo. Também é possível definir a porcentagem de aparição de inimigos selvagens.

O jogo possui um bom sistema de upgrade, tanto de habilidades do personagem quanto de equipamentos. O sistema de upgrades de esfera, que melhora as atualizações do jogador, é recompensante e rápido de usar, porém só te permite fazer uma esfera por vez, o que é uma limitação sem sentido.

Para finalizar, a arte do jogo é tão única quanto sua história. Cidades bem movimentadas, personagens diferentes e únicos, tudo isto consegue vir a vida com seu design compatível em todas suas sessões acompanhada de uma trilha sonora muito bem colocada.

PROS:

  • Combate em tempo real;
  • História intrigante, variada e única;
  • Personagens mais que carismáticos;
  • Arte;
  • Mundo bem desenvolvido.

CONS:

  • Sistema de esferas;
  • Limitações da engine.

PLATAFORMAS:

  • PC (plataforma analisada, chave concedida por Nomina Games)

NOTA: 8.5/10

The Revenant Prince é um RPG que não deve ser ignorado. Feito por uma minúscula equipe na Indonésia, o jogo conta com um universo único e uma jogabilidade incrível.

Engenheiro de Software, Game Dev e Criador de Conteúdo.

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