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Eternal Castle – Remasterização inusitada

Eternal Castle é um jogo de ação e aventura desenvolvido pela TFL Studio e distribuído por Playsaurus no ano de 2019, para Microsoft Windows, Linux e Mac OS. Em 2020, uma versão ampliada foi lançada para o Nintendo Switch.

O chamariz do título se deve a proposta de remasterizar um clássico perdido desenvolvido originalmente para MS-DOS, na década de 80. Segundo os desenvolvedores, o jogo em si nunca chegou a ser lançado e se basearam no protótipo que tiveram contato na época. A estética da obra se assemelha com os clássicos da plataforma como “Prince of Persia” e “The Oregon Trail”.

O jogo começa com um texto ilegível explicando o contexto da trama. A fonte escolhida tem como intuito manter a fidelidade visual da época. Ao fazer um pequeno esforço é possível entender que o cenário é pós-apocalíptico. Grande parte da população da terra migrou para planetas próximos no sistema solar com objetivo de criar colônias auto-suficientes. Com o tempo os recursos nas colônias foram se esgotando e conflitos sociais dominaram o ambiente. Equipes foram montadas em cada colônia para procurar por recursos no planeta terra. Quando a última equipe de exploração não deu retorno, uma pessoa decide ir sozinha até o planeta terra procurar por seus amigos.

Exemplo como o uso das cores contribuíram na produção de visuais vislumbrantes.

A história é bem misteriosa e envolvente. Possui poucos textos ou explicações do que está acontecendo em cada fase. Os cenários ajudam a dar imersão e as junções de cores aproveitam os gráficos retrôs para fornecer cenários marcantes.

As composições sonoras lembram as trilhas sonoras de clássicos da ficção científica da década de 80. Aparecem somente em momentos muito específicos geralmente em batalhas contra chefes. No geral contribuem no enriquecimento da atmosfera do jogo.

A jogabilidade é praticamente idêntica ao “Prince of Persia” original. Busca simular uma movimentação realista no deslocamento e na realização de ações ofensivas. Parece uma ideia interessante manter o esquema clássico mas na prática frustra bastante. A movimentação é imprecisa, o que dificulta realizar ações como pegar itens e atacar os inimigos. Os itens que podem ser coletados dão melhorias ao personagem como aperfeiçoamentos no ataque e aumento na capacidade de munição.

Momento de exploração do cenário.

Na versão de Nintendo Switch foi adicionado dois novos modos de jogo para expandir a durabilidade. “Sacrifício” conta o ponto de vista de um dos inimigos que o protagonista enfrenta e “Duelo” adiciona combate PvP para dois jogadores e contra o computador.

Durante a jogatina apareceram alguns problemas técnicos, o mais notável foi quando o personagem afundava sozinho para o “Inferno Azul” do jogo. Infelizmente isso acontecia com certa frequência, principalmente durante a batalha final.

Apesar de não ser uma remasterização habitual, o presente título apresenta definições novas ao conceito. A ideia do projeto foi trazer a tona este estilo de jogo que ficou anos esquecidos. Somente este fator pode ser um atrativo para quem deseja buscar novas interações.

PROS:

  • Enredo misterioso;
  • Trilha sonora nostálgica;
  • Visuais lindos;
  • Proposta diferenciada.

CONS:

  • Problemas técnicos que prejudicam a progressão;
  • Controles imprecisos.

NOTA: 7.5/10

PLATAFORMAS:

  • Microsoft Windows;
  • Mac OS;
  • Linux;
  • Nintendo Switch (plataforma analisada, chave concedida pela Playsaurus).

Apesar de não ser uma remasterização habitual, o presente título apresenta definições novas ao conceito.

Sempre pensando através das paredes da caixa, youtuber desde 2012, hoje foca em escrita, livestreams e editor frequente no site, falando principalmente sobre animes, jogos e livros.

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