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Melhores dos 10s – Fire Emblem: Three Houses

Alguma vez você sentiu vontade de jogar algum jogo, mas seja por dificuldade, pela plataforma ou pelo estilo do jogo, você nunca conseguiu? Ou apenas criou um bloqueio e pensou: “Nunca vou jogar esse jogo. Não é pra mim!”

Com certeza muita gente passa por isso, e comigo não foi diferente. Quando era muito novo, me mostraram Final Fantasy Tactics e eu achei irado! Mas eu era muito novo, só sabia falar “dog” e contar até 10 em inglês. Isso fez com que um jogo difícil se tornasse quase impossível pra mim na época. Assim, criei o bloqueio do “esse tipo de jogo não é pra mim”.

Em 2018 eu comprei um Nintendo Switch. Pensei que só jogaria Pokémon e Zelda Breath of the Wild nele, mas conforme os exclusivos Nintendo iam saindo, cada dia eu ia jogando no console da indústria japonesa. Cheguei até deixar meu PS4 criando poeira, porque eu simplesmente não ligava ele.

No meio de tantos lançamentos exclusivos da Nintendo, um anúncio me chamou a atenção. Fire Emblem Three Houses. Vi os personagens no estilo anime, vi umas cenas de luta. Tava me chamando atenção, até eu reparar que era um jogo de RPG Tático. Na hora pensei “será que devo arriscar? E se eu pegar e não conseguir jogar como não consegui com o Final Fantasy Tactics?” Eu decidi não pegar. Mas graças a um amigo me surgiu a oportunidade de jogar o jogo sem pagar nada e eu decidi jogar “um jogo que não era pra mim”.

Eu sei, eu sei. Estou criando um drama para falar sobre o jogo. Mas é que o Fire Emblem Three Houses, além de ser um jogo excelente foi também um jogo quem e fez arriscar mais em jogos que pensei que não eram “feitos para mim”.

Para muitos, Fire Emblem Three Houses é só mais um jogo da franquia. Só mais um RPG tático. Não penso assim. A história é muito boa e possui vários caminhos a serem seguidos. Aqui, o jogador toma o controle de um personagem que trabalha como mercenário e que acaba virando professor numa escola/monastério. Onde se divide em Igreja de uma religião chamada Seiros, e o quartel de Cavaleiros de Elite.

A escola possui 3 casas, cada uma representando uma parte do reino de Fódlan. O Império representado pela Black Eagles, a realeza representada pelos Blue Lions e os Golden Deers, representando uma terra livre.

O jogador escolhe para qual casa quer lecionar, gerando um ótimo fator replay para conhecer todas as rotas.  Cada casa possui uma característica predominante. Os Black Eagles são ótimos com magias, os Blue Lions ótimos guerreiros e os Golden Deers possuem ótimos arqueiros. Isso é ótimo, porque além de “ir com a cara” dos alunos, você também escolhe a casa que se adapta melhor ao seu estilo de combate.

Por falar em combate, vamos ao temido “RPG Tático”. Cada movimento importa na batalha. O Jogador tem um espaço limitado para se mover a cada turno e um movimento errado pode acabar com toda sua estratégia. Além disso, Fire Emblem Three Houses, assim como outros jogos da franquia, possui o modo clássico e o modo casual. No modo casual, se um companheiro cai em batalha, na próxima ele está lá, novinho em folha para combater. Já no modo clássico, caso um dos companheiros caiam em luta, ele morre de morte morrida. Vai com Deus. E tu nunca mais pode usá-lo e ele LITERALMENTE morre, alterando até pontos na história. Em Three Houses, o jogador pode contornar isso com uma mecânica de voltar no tempo, onde o player pode corrigir o movimento que colocou tudo a perder.

Além do combate, diferentemente dos outros jogos da franquia, FE3H deixa você explorar o monastério, realizando atividades que aumentam os ‘social links’ com a galera do lugar. Isso é bem importante, porque além de desbloquear adições a história, como casamento, fortalece também no momento de combate. Se for bem próximo a um companheiro de combate, no momento da batalha isso pode gerar bônus que ajudam muito o jogador.

O jogo não é perfeito. As animações de falam são limitadas. Além disso, lembra que você se tornou um professor? O jogo faz uso de uma mecânica de dar aulas para aperfeiçoar e upar seus personagens e acaba por se tornar muito repetitivo, ainda mais se tratando de um jogo com cerca de 40 horas de gameplay, onde grande parte é explorando o monastério e dando aulas.

Em resumo, Fire Emblem Three Houses é um “Must Play” se você for fã de jogos de RPG Tático ou apenas de RPG. Se você acha esse estilo de jogo muito difícil, faça como eu: dê uma chance. O jogo pode (e muito provavelmente vai) te surpreender. Além disso, esse jogo me fez quebrar a barreira que a comunidade geralmente cria de que um jogo não é pra você. Todo jogo é pra todo mundo. Não se prenda a um estilo. Se eu não tivesse tentado, não teria jogado o que pra mim foi meu jogo favorito da última decada.

Confiram também nossa análise original clicando aqui.

Jogabilidade:Qualidade dos controles10
Design (Level design, imersão)10
História:Enredo10
Narrativa10
Arte:Gráficos10
Direção artística10
Audio:Efeitos Sonoros10
Trilha Sonora10
PortEstabilidade10
Otimização10
Nota Final:10

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