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Situação Blizzard — Bans retroativos, cancelamento de eventos e resposta política

Desde 8 de Outubro, a Blizzard se tornou centro das atenções ao punir o jogador profissional de Hearthstone, Blitzchung.

Desde então protestos ao redor da esfera de games começaram a tomar força, a heroína Mei de Overwatch está sendo usada como símbolo de resistência pro-Hong Kong com o intuito do jogo ser censurado na China, foram feitos protestos em outros torneios, apresentadores notórios cortaram relações com a Blizzard, a conta de Hearthstone chinesa assegurou-se proteger “o orgulho da nação“, entre outros escândalos que elevaram ainda mais a resposta da comunidade. Após permanecer a semana toda em silêncio, Blizzard publicou uma nota de esclarecimento na sexta-feira da mesma semana, após o horário comercial. De acordo com ex-empregados da Blizzard, isso é uma tática comum para qualquer anúncio que eles sabem que irá gerar controvérsia. Na carta da Blizzard foram reduzidas as penas de Blitzchung e dos apresentadores, mas nenhuma nota de desculpa foi escrita, muitos sentiram que a redução foi desonesta e feita apenas para acalmar os ânimos, e não de um arrependimento pela decisão tomada.

Na segunda-feira após a carta, foi anunciado o evento de Halloween para Overwatch, como estimado para tentar abafar as notícias ruins.


Porém, a situação não aparenta uma perda de intensidade, foi removido da loja oficial da Blizzard uma estátua da Mei, não por esgotamento de unidades já que a página como um todo foi removida e a única prova de que tal item já foi vendido por eles algum dia são arquivos da internet. Nenhuma resposta oficial foi dada.

A página ainda pode ser acessada, porém apenas por ferramentas de terceiros

O evento de comemoração ao lançamento de Overwatch no Switch, planejado para dia 16, também foi cancelado pela Blizzard. A notícia foi dada pela Nintendo em seu canal oficial de Nova York, ao invés dos próprios canais da Blizzard.

Nenhuma justificativa foi dada, o que implica no receio de que o evento fosse usado como palco de protesto. A Nintendo, que geralmente recusa cancelamento e reembolso de pré-compras digitais, abriu uma exceção para Overwatch por ser um “caso a parte”.

Além de sequer anúnciar a chegada oficial de Overwatch no console, a reposta da empresa foi notada por fãs.


No dia 16, Blizzard baniu os jogadores americanos do CHC pelo protesto pro-Hong-Kong durante uma partida. Enquanto no dia do protesto os jogadores não receberam nenhuma ação punitiva, após mais de uma semana os jogadores receberam a sanção da Blizzard, após os jogadores já abandonarem os torneios de Hearthstone por conta própria a protesto e partir para o concorrente Gods Unchained.


Os chats no Twitch de torneios oficiais também esta sendo moderado e qualquer usuário que mandar uma mensagem pro-Hong Kong recebe um ban automático de 24 horas no chat.

Alguns usuários disseram que mensagens pro-China também receberam o mesmo ban, de qualquer forma, o assunto como um todo está sendo apagado das transmissões oficiais.


Movimentos de direitos humanos e liberdade de expressão ao redor do mundo também estão conscientes da polêmica e estão ativamente participando, Fight for the Future, uma organização sem fins lucrativos, se pronunciou sobre a situação condenando as ações da Blizzard e lançou uma plataforma para organizar os vários protestos e petições do assunto, incluindo o protesto marcado para a Blizzcon desse ano no início de Novembro.

Outra plataforma de propósito similar, a Access Now também publicou uma nota sobre o assunto, pressionando a Blizzard a se posicionar claramente sobre o assunto.

Senadores e políticos dos Estados Unidos, tanto Democratas quando Republicanos, assinaram uma carta condenando as ações da Blizzard e avisando de possíveis repercussões caso decidam manter a posição atual.

Um comentário

  • Patricia Alencar

    Adorei seu conteúdo Parabéns, bem completo e dinâmico.
    Era exatamente o que eu estava buscando na internet e
    todas as minhas dúvidas foram tiradas aqui. Muito sucesso e
    gratidão!

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