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Melhores dos 10s: The Legend of Zelda: Breath of the Wild

Introdução

Não sei se é realmente necessário introduzir alguma descrição sobre esse game. Sejam coisas boas ou coisas ruins, todo mundo que tem o mínimo interesse em videogames ouviu falar do último grande jogo da série Zelda.

Confiram nossa análise em vídeo aqui.

Lançado originalmente para o Nintendo Switch e WiiU em 2017 – sendo o último grande jogo para este último –, BotW foi projetado desde o início para quebrar muitos paradigmas e idiossincrasias dos jogos 3D da série.

Mudança de estrutura

O último game da série nesse estilo, Skyward Sword (2011), foi muito criticado pelo uso extensivo de controles de movimento, visto que foi feito para o Wii. Aquele jogo, ainda que tivesse designs de dungeons muito bem projetados, também sofreu na mão da crítica especializada, que desgostou bastante dos ambientes fechados, aparentando ser mais sufocante até mesmo que Ocarina of Time (1998).

Assim, Eiji Aonuma e Shigeru Miyamoto acharam que era hora de fazer algumas mudanças drásticas na estrutura de Zelda.

Dessa forma, foi decidido que a estrutura geral de ir de templo em templo, pegando upgrades e usando-os ao longo dos próximos desafios seria deixada de lado, trazendo uma progressão similar ao primeiro game da série, onde o jogador tem a liberdade de ir onde quiser e a hora que quiser, avançando de forma não-linear pelo gigantesco mundo aberto, sendo essa também outra mudança em relação a Skyward Sword.

Gameplay

Em Breath of the Wild, os extensos templos foram trocados por pequenas dungeons chamadas de shrines, que contém um pequeno desafio ao entrar (e às vezes até antes de entrar). Esses podem ser um inimigo forte a ser derrotado ou um quebra-cabeças baseado em física.

Aliás, a física faz grande parte da jogabilidade. Todos os objetos em tela podem ser usados por Link, como uma tocha que pode ser arremessada num barril de pólvora, ou uma pedra que pode ser rolada em direção aos inimigos.

Além disso, Link possui um tablet chamado Sheikah Slate, que permite que ele congele objetos, pare o tempo, use-o como ímã e crie bombas. Essa conexão entre mecânicas é usada extensivamente e é muito encorajada pelos desenvolvedores.

História

O jogo deixa a narrativa um pouco de lado inicialmente, apresentando o Link da vez acordando de um sono de 1000 anos e sem memória. O reino de Hyrule parece estar devastado e não existem cidades enormes, apenas alguns vilarejos.

Além disso, o castelo, localizado no centro do mapa, aparenta estar dominado por um ser maligno, e fica a cargo de você jogador, ficar mais forte e derrotar o chefão que está escondido por lá.

Ao longo da história, tudo vai ficando mais claro, inclusive a relação do herói com a princesa Zelda, que aqui tem um ar de pesquisadora, diferentemente de suas encarnações anteriores.

E não só Link possui uma ligação com ela, mas também os quatro campeões do reino, cada um de uma raça diferente, que ajudaram Zelda no passado, aparecem durante a aventura para fortalecer o herói na batalha final contra Ganon.

Conclusão

The Legend of Zelda: Breath of the Wild é com certeza um dos melhores jogos dos anos 2010. Muitos dizem que o mesmo não inovou em nada, trazendo apenas mecânicas de outros jogos, como as torres que são usadas para abrir áreas novas no mapa, similar a jogos da Ubisoft.

Enquanto isso, outros dizem que ele sofreu muitas influências de Skyrim (2011), devido ao mundo aberto extensivo.

Particularmente, acredito que BotW absorve mecânicas bem sucedidas em outros games mas também traz consigo influências visuais e de gameplay que posteriormente também foram absorvidas por outros games, como Genshin Impact (2020), Immortals: Fenyx Rising (2020) e até mesmo Halo Infinity (2021).

Com um gameplay aberto e mecânicas satisfatórias ao máximo, é possível dizer que este é talvez o melhor jogo da própria série Zelda e uns dos melhores de todos os tempos.

Jogabilidade:Qualidade dos controles10
Design (Level design, imersão)8
História:Enredo7
Narrativa7
Arte:Gráficos9
Direção artística10
Audio:Efeitos Sonoros9
Trilha Sonora8
PortEstabilidade9
Otimização10
Nota Final:9.7





Engenheiro Eletricista e banido permanentemente do Twitter. Autor no CyberCafe e Arquivos do Woo. Também estou na Twitch (twitch.tv/HoroJoga).

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