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Fading Afternoon – Ação Nostálgica em 16 bits
Mesmo quem nunca trabalhou na indústria deve seaber hoje em dia o quão difícil é desenvolver um jogo do começo ao fim, sendo ainda mais difícil ainda criar algo que seja capaz de expressar a intenção artística do desenvolvedor. No meio indie vemos cada vez mais destes trabalhos autorais, com uma parcela expressiva vindo da mente de um único criador, como Undertale, Chained Echoes, Fear & Hunger, World of Horror, entre outros. Tudo isso torna ainda mais impressionante o histórico do desenvolvedor, Yeo, que já está lançando seu terceiro jogo Indie, Fading Afternoon, um Beat em Up, que será o objeto desta review. Em Fading Afternoon assumimos o controle de…
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Chained Echoes – Tradição com traços de Modernidade
Na indústria de videogames os jogos inspiram uns aos outros frequentemente, e mecânicas e gêneros são criados com base em sucessos (e fracassos) dos seus pares. Chrono Trigger inspirou uma geração inteira de desenvolvedores e jogadores, seja através de mecânicas ou tropes criadas pela sua história revolucionária para a época. A maior dificuldade quando se usa da inspiração é conseguir tornar essas características herdadas em algo que pertença ao seu jogo e que faça sentido na experiência, é a armadilha em que muitos jogos caem, especialmente no cenário indie, onde os desenvolvedores têm liberdade para explorar suas ideias (e cair em suas armadilhas). Analisaremos Chained Echoes, uma grande surpresa que…
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Fire Emblem Engage – A Gloriosa volta, mas não às raízes
Antes de mais nada, um disclaimer: quando as primeiras informações e imagens foram publicadas durante o anúncio inicial de Fire Emblem Engage, logo me preocupei ao perceber que algumas das inovações e passos à frente adotados para Fire Emblem Three Houses não foram trazidas para o jogo sucessor. Durante algum tempo minhas expectativas diminuíram em relação ao jogo e o curso adotado pela franquia. Quando finalmente tive o jogo em mãos percebi que algumas preocupações se concretizaram e outras mudanças me surpreenderam positivamente. Fire Emblem não é uma franquia que tem medo de experimentar com novas mecânicas e “começar do zero” com sistemas que os fãs estão acostumados. Surpreendentemente, essa…
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Ruiner — Um ótimo Cyberpunk de 2020
Com estética que cativa o imaginário do público e que tem dominado a indústria geek e pop no mundo todo, a temática cyberpunk teria um de seus maiores triunfos em 2020. Como bem sabemos, Cyberpunk 2077 deixou a desejar em muitos aspectos, tanto em escopo como qualidade. A boa notícia é que para os fãs do gênero dispostos a darem uma chance para um tipo de experiência mais contida e indie, o ano passado também nos proporcionou uma agradável surpresa cyberpunk no console híbrido fenômeno da Nintendo. Logo de cara é preciso fazer uma observação importante: Ruiner não é um RPG shooter em primeira pessoa, apesar de herdar algumas características do gênero RPG. Ruiner é um…
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Dark Devotion e a contínua evolução dos roguelike
Acompanhando o que pode ser considerado a renascença dos roguelike platformers, analisamos mais um jogo que parece ser resultado do contexto da última década, mesclando elementos de gigantes como Hollow Knight, Castlevania e até mesmo Dark Souls, o sombrio e desafiador Dark Devotion. Mecânicas e Jogabilidade Geralmente quando analisamos as características de um Roguelike Platformer (ou Metroidvania como chamarei para encurtar) é muito comum identificar o estilo de exploração do jogo através da movimentação do seu personagem. A grande maioria dos Metroidvanias opta por introduzir o jogador às mecânicas de maneira gradativa, a princípio disponibilizando apenas habilidades e mobilidade limitada ao personagem para que o player possa se familiarizar aos…
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Hollow Knight – O indie de insetos que se tornou GIGANTE
Quando o Kickstarter se tornou assunto alguns anos atrás, muitos de nós jogadores ficamos animados. O Kickstarter era uma opção para desenvolvedores que quisessem lançar seus jogos sem se submeter às restrições de publishers, preservando suas visões autorais intactas. Porém, o que surgiu como um sopro de vida numa indústria infestada de relançamentos anuais (vocês sabem exatamente de que franquais estou falando hehe) rapidamente se tornou motivo de chacota por conta de fracassos e decepções como Might Number 9, Unsung Story, Night Trap e Red Ash (de novo Inafune?!). No entanto, mesmo com tantos fracassos, o Kickstarter nos proporcionou sucessos como Undertale, Shovel Knight, e o motivo desta review, do qual falarei agora: Eu costumo dizer que uma das principais vantagens narrativas que os jogos possuem quando comparados…